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quinta-feira, fevereiro 02, 2006

PARABÉNS


Levei no bolso o poema.

No coração a saudade de nos sentir.

E sempre comigo a vontade de aí estar.

Passei um dia lindo.
Foi por ontem, pela sucessão de acontecimentos que me fazem abraçar a vida com a paixão com que deve ser vivida.

Regresso a casa cabisbaixo, vazio, fraquejando sem corpo que sustente esta vontade de não te ter.

Mereço mais. Mereço o que a vida tem de bom.

Tu?

Merecerás, concerteza, uma outra vida.
Que não a minha. Não a minha, estou certo.

Sinto-me bom demais para me arrastar em ti.

Adeus.

quarta-feira, fevereiro 09, 2005

MOMENTOS MÁGICOS (ENSAIO)

Por uma flor, um sorriso. É tudo quanto vou pedindo. Para que te habitues a sorrir tantas vezes quantas as que mereces receber flores. Só por si, já são imensas.
Para que, no dia em que me vires sem uma flor, possas sorrir na mesma, só pela tradição. E te apercebas, afinal, que a verdadeira flor és tu.
E que fui eu que me fui aproveitando dessa essência para ir perfumando a minha alma sempre com a mesma flor. Para que, em cada vislumbre de uma pétala tua, eu possa esboçar o meu sorriso mais genuíno.
Para que, nos dias em que eu não te vir, o sorriso venha na mesma ao de cima só pela recordação. E que me aperceba, afinal, que também eu me tornei numa flor.



terça-feira, setembro 07, 2004

CORAGEM

Quando estamos juntos só penso em aproximar-me para te conseguir beijar.
Mas nunca consigo. Tenho medo.
Tenho medo que penses que estou a aproveitar-me da tua distracção.
Tenho medo que julgues errados os meus sentimentos e acredites nessa ideia de que o faço só para me sentir homem.
E que fiques a pensar que o fiz só para mostrar que conseguia, sem sequer ponderares que o impulso desse beijo surgiu depois de um olhar teu, que às vezes interpreto mal, outras bem.
Mas que nunca sei decifrar ao ponto de me permitir arriscar.
E é por isso que fico sempre no meu cantinho, a fumar os meus cigarros, e a brilhar por dentro enquanto tu sorris para mim.


terça-feira, agosto 31, 2004

NUA NOITE

A noite fica nua sem ti. As estrelas apagam-se e o brilho que me ilumina quando passeio nas ruas deixa de conseguir fazer-me ver o caminho que percorro até casa.
É como se adormecesse e não conseguisse percepcionar o mundo sem a luz que tem origem em ti. E tu sabes como eu gosto de viver à noite. Sabes bem que quando me deito, além de pensar em ti, penso também na manhã que floresce à medida que reviro o olhar na direcção da janela. Sempre soubeste que me deito com o acordar das outras pessoas. Nunca te escondi isso.
E agora, quando te deitas, quando deixas de me acompanhar, fico sozinho à noite e a noite sente-se despida por não te ter por perto. E eu, obviamente, também sinto isso.
E é como se fosses a estrela mais brilhante de todas e aquela por quem as outras brilham, aproveitando o rasto de luz que deixas ao passar. Como se fosses a única razão pela qual o céu se ilumina, estrelado, quando cai a noite e eu vou para casa a pensar em ti. Como se a noite luzidia me desse o único motivo que tenho para me lembrar de como é bom lembrar-me de ti. De como é bom ter alguém em quem pensar. De como é bom pensar em alguém como uma estrela na minha vida que brilha muito mais do que todas as outras.
Sinto, essencialmente, um vazio que me adormece, como que associado à luz que emanas sem querer, que deixas de emanar sem querer, sem que faças de propósito, mas é, de facto, o que acontece, quando adormeces e deixas de me acompanhar.
E a noite nua acaba por se fechar, porque a maior estrela de todas se apaga, deixando nua a escuridão que me ilumina noite por noite, deixando clara esta necessidade de ser iluminado por ti.


terça-feira, junho 22, 2004

UM ANO DEPOIS

A Carolina encontrou-se com o Diogo numa paragem de autocarros, ao fim da tarde de um dia chuvoso, em que as folhas das árvores se confundiam com as enormes gotas de chuva que lhes batiam na cara. Foi ali que combinaram por, à semelhança de há um ano atrás, terem lá começado qualquer coisa que durou este tempo todo, por causa de um simples beijo que resultou de uma troca de olhares dentro do autocarro à vinda do liceu. A Carolina trazia a mesma camisola verde riscada com que se apresentou no mesmo dia de há um ano, e o Diogo, não encontrando a mesma camisa xadrez, vestiu o pólo que tinha recebido nos anos, pelas mãos da Carolina. Ambos traziam nas mãos um embrulho com cartas escritas a lápis, dobradas e impregnadas com carinho e amor durante um ano inteiro de alegrias vividas. Ambos traziam nas mesmas mãos, junto ao maço de envelopes, uma flor que juraram nunca devolver. A Carolina tinha no bolso, além de uma fotografia dos dois, um lenço de papel sujo e amarrotado com que ia limpando, uma a uma, cada lágrima que lhe escorria pela face. O Diogo segurava com a ponta dos dedos uma carteira cinzenta onde guardou todos os recados e bilhetes secretos recebidos durante as aulas.
Tinha sido este, o combinado: o mesmo dia, a mesma hora, a mesma roupa, os objectos especiais que cada um queria ver recuperados.
Mas os olhos de um espelhados nos do outro, os sorrisos incontidos molhados em lágrimas, o bater desenfreado dos corações e as mãos tocando uma na outra deram novo rumo à história.
E o fim acabou por não ser o esperado.



quinta-feira, junho 10, 2004

A CARTA

Guardo comigo a carta que escrevi no dia em que partiste. Sabe sempre a pouco, mas continua a fazer-me companhia naqueles dias em que não quero mais do que uma simples lembrança tua, um simples cheiro daquilo que havia entre nós antes desse dia tão triste, uma coisa qualquer que me deixe sentir o que não consigo sem ti.
Nos dias em que a falta que me fazes é tanta que quase não aguento, abro a caixa que me deste e leio as palavras, uma por uma, da folha onde pus tudo o que era vivo em mim por tua causa. Na folha onde, dia a dia, foste preenchendo linhas com todo o amor que se via quando, ao fundo da rua, eu te via chegar, de mala ao ombro e óculos presos por esse lindo cabelo, enquanto a rua não encolhia para te deixar chegar a mim.
Ainda hoje guardo a folha, dentro de uma caixa de madeira azul que me deste para guardar uma pétala de cada flor que te oferecia, como se fosse possível enchê-la de amor, carinho e beijos na forma de pétalas, tão bonitas e cheirosas que mais parecias tu trancada num espaço daqueles, guardada no íntimo do meu quarto, para quando a saudade apertasse eu a pudesse abrir e sentir-te perto de mim. Cheguei a pôr lá aquela tua fotografia junto ao mar, de vestido comprido, do dia em que pedi o primeiro beijo.
Ainda hoje uso a caixa para lá deixar cair as lágrimas que não consigo conter por pensar em ti, e guardo a folha húmida, dobrada, semi-rasgada e amarrotada, e manchada pelo choro que não sei evitar à conta de tanto pensar em ti.
Ou talvez soubesse. Mas tu não estás aqui.



sábado, maio 29, 2004

O TEMPO

O tempo passa depressa quando nos sentimos bem mas custa muito a aguentar quando não temos ninguém. E destrói-nos por dentro, consumindo as forças que temos e algumas que pensamos que não temos, deixando um rasto de tristeza e solidão, e a saudade dos tempos em que sorríamos mesmo sem saber porquê.
Esse tempo não mata, mas vai acabando com as coisas em que acreditamos porque nem essas conseguem resistir ao facto de não as vermos concretizadas.
O tempo passa, ainda que lento, e transforma a vida que pensamos viver numa vida que desejámos não ter que viver.
Não que ela não valha por si na mesma, mas talvez se fosse melhor, talvez se nos trouxesse mais alegrias, talvez se nos mostrasse tudo o que há de bom, talvez se nos presenteasse com todas as coisas boas e acabasse de vez com esta falta de querer viver, talvez assim a vontade que temos de ter uma vida diferente se tornasse na vontade de explorar mais intensamente cada momento deste tempo que passa devagar.
Seria concerteza melhor se esta vida que eu vivo pudesse ser vivida não comigo, mas contigo…




quinta-feira, março 11, 2004

MELANCOLIA


Algumas nuvens lá fora ameaçam chuviscos. Já só faltava mais esta para acabar o dia.
Apetecia-me desaparecer. Apetecia-me fugir e viver sozinho por uns tempos. Apetecia-me pôr à prova a minha pseudo-independência e certificar-me de que conseguia lidar com ela. Apetecia-me conhecer gente nova e visitar ambientes a que não estou habituado. Era mesmo o que eu queria neste momento.
Sonho com o futuro. Vejo-me casado. Tenho um carro, uma casa e uma mulher que gosta de mim. Se eu gosto dela? Não sei. Lembro-me de já a ter visto por aí, mas não fazia ideia de que as coisas chegariam a este ponto. Não ouço barulho em casa. Presumo que filhos ainda não temos. Não me lembro dos meus pais, não me lembro da minha família, não me lembro dos meus amigos, não me lembro dos meus tempos de estudante ou da vida que tinha em solteiro, não me lembro dos sítios que frequentava, não me lembro dos bares onde bebia, não sei se tinha irmãos, não sei com quem desabafava, não conheço as pessoas, estou num mundo estranho, esqueci-me de tudo quanto amava e acordo. Voltei à realidade. Penso eu.
O mundo está uma desgraça. Vou à janela e penso no mendigo a pedir esmola. Será que ele é feliz? Pelo menos não tem preocupações com a vida. Por que serei eu mais feliz do que ele? Não sou. A minha vida foi determinada no momento em que nasci. Se tivesse nascido mendigo não estava no estado em que estou, melancólico, desesperado, aborrecido, triste, porque toda uma vida de luxos e riquezas, festas e a ilusão de uma felicidade inexistente teria sido trocada pelo pouco que ele possa possuir de material, mas principalmente pela muita ignorância e despreocupação com que, solitário, passa os seus calmos e tranquilos dias aguardando melhores tempos.
Quero abrir a janela e saltar lá para baixo. Quero despedir-me da vida. Quero abandonar este sofrimento e partir para um lugar melhor. Quero agarrar-me a algo consistente sem que venha a desiludir-me como, aliás, me tem acontecido durante toda a vida. Quero que as minhas vontades se concretizem. Quero que os meus desejos sejam genuínos. Quero morrer e tornar a viver. Quero atirar-me lá para baixo... Falta-me a coragem.
Desço as escadas. Tenho uns assuntos a tratar. Num beco escuro tiro a mão do bolso e saco de uma mortalha. Queimo a pedra e enrolo um charro. Sento-me no chão, está frio, encosto-me à parede, sujo-me todo, acendo o charuto e fumo...
Estou de volta. Casa vazia. Quarto fechado. Está escuro lá dentro. A cadeira ainda está em frente à janela. Sento-me novamente. A droga faz efeito. Começo a sentir a “batidela” do costume. Rio-me. Fico sério, olho pela janela e rio-me outra vez. Olho à volta, respiro e torno a rir-me compulsivamente. De repente, paro, sem mais nem menos. Apercebo-me de que esta boa disposição artificial não deixa de me fazer ver o ridículo a que eu cheguei, e continuo a rir.
A moca já passou. Continuo no mesmo sítio, na mesma posição, na mesma cadeira. E estou sóbrio. Estive duas horas aqui parado. Mas já estou bem.
Tenho fome. Apetece-me comer mas não quero sair daqui. Apetece-me qualquer coisa para acalmar o estômago mas o meu corpo não se quer levantar daqui. Apetece-me comer, mesmo. As pernas não me obedecem. Quero andar e não consigo, quero esticar o braço mas é inútil, berro por alguém mas não me ouvem, eu próprio não me ouço, e tenho a sensação que morri, mas está escuro e parece-me que mergulho num poço sem fundo, e caio, e bato contra as paredes, e tento abrir os olhos mas não consigo, e penso estar acompanhado mas não sei quem está comigo, porque não vejo, e não me mexo, e quando estou quase a chegar ao fundo, parece-me, porque vejo uma luz ao fundo, como nos filmes, mas quando estou quase a chegar, mesmo lá no fundo, no fundo eis que acordo! Porra, que merda de sonho. Levanto-me e mexo os braços e as pernas, olho lá para fora para ver se alguma coisa mudou e berro com toda a força dos meus pulmões desfeitos pelo tabaco, e ouço! E berro mais para ter a certeza de que estou vivo, até que batem à porta... É a vizinha. Veio perguntar se tinha acontecido alguma coisa, por causa do barulho.
Rio-me, mas com vontade, e penso se já não estarei curado, se ainda me sobra uma réstia de desespero, e aí estraguei tudo. Sento-me na cadeira e enlouqueço, e choro, e falo sozinho, e limpo as lágrimas à camisola, até que me levanto e atiro a cadeira contra a parede, desfazendo a pobre em pedaços. E lembro-me de como gostaria de ser uma cadeira. Ao menos seria útil à sociedade, apoiando os majestosos cus de quem me tivesse em casa, ou enfeitando salões e palácios, observando quem por ali passasse na espera de que me deitasse o olhar, pleno de admiração e júbilo por me ver ali, mas afinal recordo que cadeiras não vêem e não têm sentimentos, e que portanto eu já não queria ser uma cadeira, até porque algum gajo passado me podia partir em bocados. E choro. Choro porque tenho pena da cadeira que destruí, choro porque se calhar essa cadeira já serviu muita gente e agora morreu...
Apalpo o bolso da camisa e meto a mão lá dentro. Um maço de Marlboro, uma carteira de fósforos, um preservativo e uma caneta. Estou pronto para o que der e vier. Acendo um cigarro e fecho os olhos por uns minutos. Tenho sono. Atiro o cigarro para o chão e chuto-o para um canto, onde já se acumulam outros restos, misturas de beatas, cinzas, fósforos e um isqueiro estragado. Deito-me e durmo.
Não tenho noção do tempo. Parece-me que dormi horas e horas sem fim, mas ao mesmo tempo sinto que o meu corpo precisa de mais uns dias de repouso. Estou mole, estou apático, sinto-me a desfalecer e a bater com a cabeça nas paredes de tanto sono acumulado, e de repente levanto-me da cama, como se o sono tivesse ido embora e me tivesse deixado só, sem ninguém ou nada para ver, falar e tocar, sem algo com que eu me possa distrair, sem nada que ocupe o tempo que eu já não posso aproveitar.
Nestas alturas é que eu gostava muito de ser outra pessoa. Assim podia ter uma vida completamente diferente. E daí talvez não. A vida é sempre a mesma coisa. Os gajos que nos passam pela frente é que podem ser outros. Se calhar os animais é que vivem bem. Se eu fosse uma ave, levantava voo e ia para longe, mesmo para longe, que era para ter a certeza de que ninguém vinha atrás de mim, e assim eu tinha que conhecer pessoas doutros sítios e podia modificar a minha imagem, e era capaz de ser outra pessoa, ainda que o meu corpo fosse o de um animal, e com outra personalidade, e a vida que eu tinha era mais fixe, e se me chateasse outra vez tornava a fugir, e voava para mais longe se conseguisse, e era capaz de gostar de ir a outro planeta, ao menos já ficava a saber se há lá gente ou não, mas se não houvesse ficava chateado e tinha que ir para outro lugar, e chegava a um ponto em que não tinha mais sítios para ir, até que deixava de bater as asas e caía, e deixava-me cair, que era para morrer e não me preocupar mais com a vida. Afinal já não quero ser uma ave, nem uma cadeira, e mendigo se calhar também não, porque no meio disto tudo o que conta são as pessoas e quando elas não são o que nós esperamos tudo desfalece e se quebra em pedaços mil, mesmo quando já foram tudo e por nós fizeram tudo e acabaram por nos tornar, um dia, felizes. O que conta, afinal, é a companhia de alguém que faz falta aqui e agora, e é isso, talvez, aquilo de que eu mais preciso neste momento…




quarta-feira, janeiro 21, 2004

QUERO ESTAR CONTIGO


A lua fica redonda nos dias em que não me apetece sair de casa e os cães ladram lá fora a anunciar o dia em que fico descansado a pensar no que fazer. E mesmo assim tu insistes em ligar-me para sairmos juntos e virmos para casa só quando fizer muito frio e tivermos que nos aconchegar bem juntinhos debaixo dos cobertores de lã grossa que a minha mãe me ofereceu quando me mudei para cá.
Quem me dera que assim fosse, mas tu não me ligas nem que o mundo acabe amanhã e sou eu que tenho que pegar no telefone para te chatear a pedir para vires comigo a algum lado, pode ser que não me sinta tão sozinho, e sou eu quem tem que encontrar algum sítio novo e original para passarmos a meia hora depois do jantar a fumar cigarros e a reparar nas pessoas que entram e não saem.
Eu ligo e são poucas as vezes em que acedes, eu ligo e é raro quando tu permites que te vá buscar às 22:30 para ir tomar um só café. Tu nunca te lembras de me ligar. Ou até lembras, mas não tens coragem. Ou tens coragem, mas não te apetece. Ou apetece, mas eu não estou disponível. Essa nunca aconteceu, eu estou sempre disponível para ti. Só mesmo para ti, porque os outros não existem e mesmo os que existem desvanecem-se perante a hipótese de te ver e sentir a tua companhia durante uma meia hora tão especial. É que tu, só tu, consegues fazer-me esquecer que algum dia estive triste e desejei ter desaparecido.
Hoje, como ontem e nos dias que se lhe antecederam, telefonei depois de ter aquecido o tupperware com arroz e um pedaço de carne ressequido. Disseste que já era tarde e que tinhas que dormir para fazer uma apresentação amanhã de manhã. Tudo bem, fica para amanhã. Será que algum dia vou saber quando hei-de desistir? Será hoje? Terá sido hoje o último dia em que pude ouvir a tua voz? Não sei. Só sei que é tarde e estou cheio de sono e amanhã tenho um trabalho chato para entregar e mesmo assim só queria marcar o teu número para falar contigo antes de adormecer… Dorme bem.

segunda-feira, dezembro 22, 2003

GOSTO DE TI COMO AMIGO

Gosto de ti como amigo: é a frase que de ti oiço mais frequentemente e aquela que mais me custa a perceber. Não que tu a digas entre dentes ou o ruído de fundo não me permita entender o que queres dizer. Não que tu não me saibas explicar como são as coisas nem mesmo por eu ser um bocado lento. Não, não é isso.
É só porque me custa ter as mãos coladas às tuas quando me apetece fazê-las deslizar por esse teu corpo para to apertar contra o meu e abraçar-te até que os nossos corações se toquem.
Ouvir as coisas bonitas que me dizes quando me olhas nos olhos e preferir que mas digas ao ouvido, que é como sabe melhor por se sentir o ar que expiras bem junto a mim.
Sentir o teu rosto colado ao meu quando só dá vontade de virar a cara e deixar que a tua boca toque na minha.
Deliciar-me com o lindo sorriso feito a pensar em mim quando os teus olhos cruzam os meus, e ter vontade de, naquele instante, dizer que te amo.
Só custa porque é complicado imaginar que seremos amigos durante todas as nossas vidas, mas nunca poderemos dizer que essas vidas, a tua e a minha, foram feitas para ser uma só.



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