segunda-feira, novembro 03, 2003
ENCONTRO MARCADO
Quando te fui conhecer pensei que eras mais bonita. Quer dizer, pela fotografia que mandaste em cima do carro a dizer adeus parecias ter uma cara mais alegre e um ar mais bem tratado. Não que isso seja importante, o teu cabelo despenteado e a camisa rota não te fazem mais feia mas talvez se tivesses um sorriso mais bonito e cuidasses melhor as unhas pudesse ter sido diferente. E os olhos, se fossem verdes talvez ficasses melhor. Aqueles sapatos sujos não me fizeram impressão mas podias ter calçado qualquer coisa que te fizesse mais bonita.
Pede mais um copo enquanto não chego e acende outro cigarro para matar o tempo que demora a passar até eu me sentar na cadeira perto de ti. Fala com os empregados. Às vezes encontram-se alguns simpáticos e que compreendem quando estamos à espera de alguém. Cumprimenta as pessoas, assim parece que não estás sozinha.
Não faças essa cara de chateada, notam-se mais as rugas que não te deixam nada bonita. Podias ter-te lembrado de vestir qualquer coisa mais interessante. E podias ter ido arranjar o cabelo e as unhas que sempre davas um ar mais composto. Se tivesses passado a ferro essa camisa também não era má ideia. Eras mesmo tu na fotografia? Não sei porquê, mas imaginei alguém diferente, não pareces ser tu. A pessoa da fotografia tinha menos 5 anos e sorria de maneira diferente. E tinha a cara tratada e vestia como se fosse domingo.
Não é que seja tímido, mas não me sinto muito à vontade em aparecer assim. Estou a olhar para a fotografia e queria tanto que tivesses vindo tal e qual. Não estás feia, mas se fosses a pessoa da fotografia talvez não me custasse tanto ir aí.
Pede outro copo. Só mais um. E fuma outro cigarro dos teus. Diz ao empregado que não estás sozinha porque a tua companhia está mesmo a chegar. Vou só ao carro buscar os meus cigarros e a carteira e volto num instante para me sentar aí contigo. Não saias de onde estás, eu volto já.
Quando te fui conhecer pensei que eras mais bonita. Quer dizer, pela fotografia que mandaste em cima do carro a dizer adeus parecias ter uma cara mais alegre e um ar mais bem tratado. Não que isso seja importante, o teu cabelo despenteado e a camisa rota não te fazem mais feia mas talvez se tivesses um sorriso mais bonito e cuidasses melhor as unhas pudesse ter sido diferente. E os olhos, se fossem verdes talvez ficasses melhor. Aqueles sapatos sujos não me fizeram impressão mas podias ter calçado qualquer coisa que te fizesse mais bonita.
Pede mais um copo enquanto não chego e acende outro cigarro para matar o tempo que demora a passar até eu me sentar na cadeira perto de ti. Fala com os empregados. Às vezes encontram-se alguns simpáticos e que compreendem quando estamos à espera de alguém. Cumprimenta as pessoas, assim parece que não estás sozinha.
Não faças essa cara de chateada, notam-se mais as rugas que não te deixam nada bonita. Podias ter-te lembrado de vestir qualquer coisa mais interessante. E podias ter ido arranjar o cabelo e as unhas que sempre davas um ar mais composto. Se tivesses passado a ferro essa camisa também não era má ideia. Eras mesmo tu na fotografia? Não sei porquê, mas imaginei alguém diferente, não pareces ser tu. A pessoa da fotografia tinha menos 5 anos e sorria de maneira diferente. E tinha a cara tratada e vestia como se fosse domingo.
Não é que seja tímido, mas não me sinto muito à vontade em aparecer assim. Estou a olhar para a fotografia e queria tanto que tivesses vindo tal e qual. Não estás feia, mas se fosses a pessoa da fotografia talvez não me custasse tanto ir aí.
Pede outro copo. Só mais um. E fuma outro cigarro dos teus. Diz ao empregado que não estás sozinha porque a tua companhia está mesmo a chegar. Vou só ao carro buscar os meus cigarros e a carteira e volto num instante para me sentar aí contigo. Não saias de onde estás, eu volto já.