quarta-feira, outubro 22, 2003
O AMOR NÃO DEIXA DORMIR
Chegou a noite.
O movimento cessou nas ruas.
Iluminam-se os subúrbios
Com o cair da escuridão.
Os pedantes recolhem ao lar.
Passam longas horas
Até que chegue
O tempo de fazer companhia aos lençóis.
Já é tarde,
Um novo dia espera por mim.
Caminho por entre portas e paredes,
Atravesso a casa, cambaleante,
Ansiando por um colchão
Confortável,
Quente,
Aconchegante.
Uma almofada
Que substitua teu terno corpo.
Um sonho
Que me lembre o que passei contigo.
A cama ainda cheira
Ao cheiro que eu sentia
Quando te beijava
O pescoço,
As mãos,
O rosto.
Ainda sinto a tua companhia
Ao meu lado.
Consigo abraçar-te,
Tocar-te,
Sentir-te.
Agarrar nos teus lábios
E beijá-los.
Acariciar tua face macia, sensual.
Pegar em ti e
Abraçar algo que não quero soltar
Nunca mais.
Caio em mim e estou deitado
A beijar a almofada:
“Que estupidez”, penso eu.
Inclino-me para o lado,
Fecho os olhos
Fingindo olhar para ti,
Sentindo
O calor e a ternura
Dos teus reconfortantes abraços.
E durmo,
Faço que durmo,
Tento,
Esforço-me.
Viro-me para o outro lado
E penso
No que farei amanhã.
Não sei,
Nada me vem à cabeça,
Não penso sequer.
Levanto-me
E acendo um cigarro.
Viro-me.
Dou três passas e apago-o.
Cubro-me com o teu corpo.
Perdão, com os lençóis.
Apago a luz,
Boa noite.
Mas é inútil...
Quem ama, não dorme.
Chegou a noite.
O movimento cessou nas ruas.
Iluminam-se os subúrbios
Com o cair da escuridão.
Os pedantes recolhem ao lar.
Passam longas horas
Até que chegue
O tempo de fazer companhia aos lençóis.
Já é tarde,
Um novo dia espera por mim.
Caminho por entre portas e paredes,
Atravesso a casa, cambaleante,
Ansiando por um colchão
Confortável,
Quente,
Aconchegante.
Uma almofada
Que substitua teu terno corpo.
Um sonho
Que me lembre o que passei contigo.
A cama ainda cheira
Ao cheiro que eu sentia
Quando te beijava
O pescoço,
As mãos,
O rosto.
Ainda sinto a tua companhia
Ao meu lado.
Consigo abraçar-te,
Tocar-te,
Sentir-te.
Agarrar nos teus lábios
E beijá-los.
Acariciar tua face macia, sensual.
Pegar em ti e
Abraçar algo que não quero soltar
Nunca mais.
Caio em mim e estou deitado
A beijar a almofada:
“Que estupidez”, penso eu.
Inclino-me para o lado,
Fecho os olhos
Fingindo olhar para ti,
Sentindo
O calor e a ternura
Dos teus reconfortantes abraços.
E durmo,
Faço que durmo,
Tento,
Esforço-me.
Viro-me para o outro lado
E penso
No que farei amanhã.
Não sei,
Nada me vem à cabeça,
Não penso sequer.
Levanto-me
E acendo um cigarro.
Viro-me.
Dou três passas e apago-o.
Cubro-me com o teu corpo.
Perdão, com os lençóis.
Apago a luz,
Boa noite.
Mas é inútil...
Quem ama, não dorme.
sábado, outubro 11, 2003
PRAIA
Uma praia
Com caracóis
E peixinhos,
E areia limpa e seca.
E crianças a brincar,
E sorrisos, muitos sorrisos.
E sons de pessoas vivas
De mãos dadas
A passear cães.
E uma brisa leve
A bater no mar
Enquanto transporta
Gostas de água
Que nos batem na cara.
Como se fossem beijinhos
Que o mar nos dá.
A mim, e a ti.
Uma praia
Com caracóis
E peixinhos,
E areia limpa e seca.
E crianças a brincar,
E sorrisos, muitos sorrisos.
E sons de pessoas vivas
De mãos dadas
A passear cães.
E uma brisa leve
A bater no mar
Enquanto transporta
Gostas de água
Que nos batem na cara.
Como se fossem beijinhos
Que o mar nos dá.
A mim, e a ti.